Brasil e Índia miram integração comercial em meio a tensões globais

Brasil e Índia têm potencial para expandir relações comerciais, destacando-se em energia, tecnologia, alimentos e fertilizantes, afirmaram representantes da indústria e do governo brasileiro.

A afirmação foi feita durante o Fórum Econômico Brasil-Índia no dia 7, no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro. O evento ocorre em paralelo à Cúpula de Líderes do Brics.

O embaixador Laudemar Aguiar destacou que a Índia é o 26º maior investidor no Brasil, com US$ 6 bilhões em estoque, e espera-se que o país suba nesse ranking. Aguiar enfatizou a importância de um ambiente favorável para a interação empresarial.

Ele ressaltou que Brasil e Índia compartilham valores e colaboram em fóruns multilaterais como o G20 e o Brics.

A diretora da Apex, Ana Paula Repezza, alertou que as novas tarifas dos Estados Unidos afetarão o comércio global e reforçou a necessidade de intensificar as relações Brasil-Índia. O presidente americano, Donald Trump, anunciou tarifas adicionais de 10% para países alinhados ao Brics.

Embora os investimentos bilaterais tenham crescido, Repezza afirmou que o comércio ainda é tímido, concentrando-se em três grupos de commodities que representam 70% das exportações brasileiras para a Índia.

O secretário executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa, chamou a relação de Brasil e Índia de "desejo firme" para integração e cooperação, destacando oportunidades em fertilizantes e tecnologia digital.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, também mencionou similaridades e oportunidades em biocombustíveis e tecnologia, propondo uma parceria no crescimento econômico.