Brasil é o segundo país em número de patentes, mas enfrenta desafios na transferência de tecnologia
Estados Unidos dominam pedidos de patentes no Brasil, seguido por empresas locais e chinesas. O INPI destaca a importância de melhorar o ambiente regulatório para estimular mais inovações e investimentos.
Estados Unidos lideram pedidos de patentes no Brasil: no ano passado, os americanos depositaram 7 mil pedidos de um total de 25 mil, representando 28% da participação total.
Desde 2017, os EUA têm registrado de 7 mil a 8 mil pedidos anuais, segundo o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). O Brasil ocupa o segundo lugar com 23% dos pedidos, seguido por China (8%), Alemanha (6%) e Suíça (4%).
Tipos de patentes: existem duas modalidades no INPI: patente de invenção e modelo de utilidade, que é um aprimoramento de uma invenção existente.
Ambiente regulatório: Júlio César Moreira, presidente do INPI, destaca que o número de pedidos tem se mantido constante nos últimos oito anos. Ele ressalta a necessidade de melhorar o ambiente regulatório e competitividade para atrair mais investimentos em pesquisa.
Para obter uma patente, a empresa deve atuar no Brasil, mas não é necessário ter fábricas no país. No setor de biotecnologia, por exemplo, muitos produtos, como medicamentos, são importados, mas as patentes ainda os protegem.
Fabrizio Panzini, da Amcham Brasil, informa que empresas americanas vêem o Brasil como um mercado robusto, com parcerias crescentes em setores como saúde, energia e tecnologia industrial.
Presença externa: Thiago Peixoto, da Anpei, menciona que o tamanho do mercado e a capacidade técnica brasileira incentivam empresas estrangeiras a proteger suas inovações. Ele destaca que 70% das transferências de tecnologia ocorrem entre matrizes e subsidiárias.