Brasil é só o 81º no mundo na proficiência em inglês
Brasil registra queda significativa no ranking de proficiência em inglês, refletindo desafios educacionais e desigualdades regionais. A situação se torna ainda mais alarmante com a aproximação da COP30, que destaca a necessidade urgente de melhorar a capacitação linguística no país.
Brasil cai no ranking de proficiência em inglês
O Brasil desceu da 70ª para a 81ª posição no English Proficiency Index, com 466 pontos, considerado um desempenho baixo.
- 1º: Holanda (636 pontos)
- 2º: Noruega (610 pontos)
- 3º: Singapura (609 pontos)
- 4º: Suécia (608 pontos)
A proficiência em inglês é um indicador de crescimento econômico e atração de investimentos.
Belém (PA), sede da COP30 em 2025, possui uma das piores médias do Brasil (489 pontos). O Pará tem apenas 463 pontos.
As melhores capitais em proficiência são de regiões do Sul e Centro-Oeste: Florianópolis (565), Porto Alegre (556) e Belo Horizonte (544).
A professora Luciana Fonseca, da USP, aponta que o inglês é uma barreira de acesso na educação pública, afetando também o desempenho no ENEM. Ela menciona o alto índice de monolinguismo e a desvalorização dos professores como fatores complicadores.
Jovens de 21 a 25 anos têm média de 499 pontos; homens (473) superam mulheres (459). O Brasil está atrás de vizinhos da América Latina, como:
- Argentina (562)
- Uruguai (538)
- Bolívia (525)
O programa Idiomas sem Fronteiras foi criado em 2012, mas extinto em 2019. Fonseca sugere medidas emergenciais para a COP30 e a recuperação de programas de ensino.
Ela destaca que o domínio do inglês é crucial não apenas para eventos internacionais, mas também para informação e atuação em tecnologia e questões multilaterais.