“Brasil é uma das histórias mais interessantes dos mercados emergentes”, diz JPMorgan
JPMorgan vê Brasil como destaque entre mercados emergentes, apostando em crescimento e potencial político positivo até 2026. O banco recomenda foco em setores financeiros e imobiliários, prevendo valorização do Ibovespa com possíveis cenários de alta.
JPMorgan atualiza projeções para a América Latina em 2025
O banco manteve exposição overweight e destacou o Brasil como uma das histórias mais interessantes nos mercados emergentes.
Apesar das taxas de juros reais de 9%, o crescimento econômico supera expectativas, com a inflação em declínio devido à taxa de câmbio forte.
Os estrategistas do JPMorgan afirmam que o Brasil está protegido de tarifas e pode se beneficiar com o aumento da produção agrícola e das importações mais baratas.
Embora o país tenha uma das fiscalidades mais frágeis entre os mercados emergentes, a narrativa está mudando com a expectativa de uma nova mudança de governo em 2026 que pode facilitar reformas.
As empresas brasileiras exibem resultados positivos, mesmo com revisões de lucros negativas no primeiro semestre.
O banco observa que, com a aproximação das eleições de outubro de 2026, há um viés positivo para ações, impulsionado por fatores como momentum global e fluxos de investimentos.
Os setores com maior potencial incluem:
- Financeiro: com previsão de queda das taxas e crescimento dos lucros.
- Imobiliário: possibilidade de desempenho superior.
- Serviços públicos: demanda alta e retornos atraentes.
O JPMorgan apresenta três cenários para o Ibovespa ao fim de 2025:
- Base: 145 mil pontos (alta de 7%).
- Otimista: 155 mil pontos (alta de 15%).
- Pessimista: 130 mil pontos (queda de 4%).
Os fatores de juros e eleições são cruciais para o posicionamento no Brasil, com o banco mantendo overweight em ações domésticas e underweight em commodities. A carteira de ações do JPMorgan para o 2º semestre inclui destaques em negrito para as ações brasileiras.