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Brasil em voga: ativo ‘humilhado’ pode ser aposta de ouro a investidores, diz Ashmore

Brasil atrai investidores com ativos descontados, apesar de desafios fiscais e incertezas políticas. Gestora britânica Ashmore aponta para uma potencial recuperação econômica, ressaltando a urgência de reformas estruturais e atenção no cenário eleitoral.

Investidores internacionais olham para o Brasil

O Brasil, com avaliações deprimidas e um mercado próximo a 2008, chama a atenção de investidores, segundo a gestora britânica Ashmore.

A gestora destaca que, apesar da desconfiança e entraves fiscais, há potencial de recuperação se reformas estruturais forem priorizadas. Os ativos brasileiros estão com preços "humilhantes", apresentando uma oportunidade para atrair investimentos.

Entre os pontos positivos estão o real desvalorizado, altas taxas de juros e uma Bolsa com forte desconto. A Selic atinge 14,25%, elevando o juro real a quase 10%.

Em 2024, a economia cresceu 3,4%, a maior taxa desde 2011 (sem considerar a recuperação pós-Covid). O desemprego caiu para 6,2%, mas o déficit fiscal aumentou para 8,5% do PIB, com a dívida líquida em 60,8%.

Ashmore observa que o Brasil é um grande exportador de alimentos e possui energia limpa, mas a condução fiscal é crítica. Há preocupação com o novo arcabouço fiscal de Lula, que resultou na meta de superávit primário sendo reduzida de 0,5% para 0% em 2024.

A instabilidade política, escândalos de corrupção e a proximidade das eleições de 2026 complicam a situação. A Ashmore prevê um potencial crescimento do PIB para 2% em 2025, caso haja reorganização fiscal.

O ex-presidente Bolsonaro ainda tem influência, e a gestão de Tarcísio de Freitas em São Paulo é vista como uma possível solução para melhorar a confiança dos investidores.

Por fim, a Ashmore ressalta a necessidade de retomar investimentos em infraestrutura, essenciais para um crescimento sustentável.

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