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Brasil envelhecido terá mais do que o dobro de beneficiários de BPC até 2060, projeta o governo

Projeções do Ministério do Desenvolvimento Social indicam um aumento expressivo no número de beneficiários do BPC, destacando a preocupação com o crescimento dos custos do programa. O governo busca medidas para conter despesas e ajustar a concessão de benefícios, principalmente aqueles obtidos judicialmente.

Governo projeta crescimento acentuado do Benefício de Prestação Continuada (BPC). A aposentadoria paga a idosos muito pobres e pessoas com deficiência deve mais que dobrar beneficiários de 6,7 milhões em 2026 para 14,1 milhões em 2060, um aumento de 111%.

O custo do programa também deve subir, passando de R$ 133,4 bilhões para R$ 1,5 trilhão no mesmo período.

Em 2026, haverá cerca de 2,7 milhões de idosos e 3,9 milhões de pessoas com deficiência recebendo BPC. Uma preocupação do governo é o aumento das concessões judiciais, cujo custo pressiona outros gastos.

A projeção indica que, até 2045, o número de beneficiários com deficiência deve superar o de idosos, equacionando-se a partir de 2046, com cada grupo alcançando cerca de 5,5 milhões.

Com o envelhecimento da população, espera-se que até 2060 existam 7,9 milhões de idosos e 6,2 milhões de pessoas com deficiência no programa.

Dados do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) refletem preocupações sobre a elevada judicialização do BPC e a falta de garantia de aumento nas contribuições ao INSS. O economista Daniel Duque destaca a focalização problemática do programa.

O MDS reforça a importância do BPC na redução da pobreza e desigualdade. O programa também é vital para a proteção social e foi incluído no anexo de revisão de gastos, com expectativa de gerar R$ 15,4 bilhões em economia entre 2025 e 2029.

O Ministério do Planejamento reconhece o crescimento de beneficiários com deficiência e afirma que estuda a relação entre informalidade no mercado de trabalho e aumento da demanda por benefícios.

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