Brasil fica mais perto de entrar no mercado japonês de biocombustíveis
Japão concorda em estudar uso de biocombustível brasileiro, potencializando a redução de emissões de carbono. A proposta, que visa a adição de etanol na gasolina, enfrenta desafios devido à resistência das petroleiras locais.
Japão avança em estudos sobre biocombustível brasileiro
O Japão finalmente concordou em avançar os estudos para utilização de biocombustível brasileiro, uma reivindicação antiga do governo brasileiro.
O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, afirmou que os biocombustíveis de alta qualidade do Brasil e a tecnologia de mobilidade avançada do Japão se complementam no combate à emissão de carbono.
A declaração foi feita durante um encontro com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio Akasaka, em Tóquio.
Lula mencionou a expectativa de que até 10% de etanol brasileiro pudesse ser adicionado à gasolina japonesa, uma proposta que nunca se concretizou.
A utilização de biocombustíveis faz parte do compromisso do Japão em reduzir a emissão de gás carbônico, embora encontre resistência das petroleiras japonesas.
O mercado japonês é dominado por duas ou três empresas que precisam manter a lucratividade através do volume de vendas.
Atualmente, existem pelo menos 10 grandes empresas no Japão, além de companhias regionais, e a entrada do etanol brasileiro pode afetar seus lucros, potencialmente resultando em fusões e aquisições no segmento.
As negociações iniciais enfocam a utilização de etanol brasileiro no mercado de combustíveis para avião.