Brasil impulsiona acordos em reação a Trump e planeja relançar negociação com Canadá
Brasil busca diversificar parcerias comerciais em meio à guerra tarifária de Trump, com foco em novos acordos e reativação de negociações. O Mercosul mira fortalecer laços com o Canadá, México, Emirados Árabes e União Europeia.
Brasil em busca de diversificação comercial
O governo brasileiro reage à guerra tarifária de Donald Trump, buscando novos acordos comerciais para compensar possíveis perdas no mercado dos EUA.
Uma das iniciativas é o relançamento das negociações do acordo Mercosul-Canadá, previsto para agosto, com visita do ministro canadense Maninder Sidhu a Brasília. O Brasil coordena as tratativas com os países do Mercosul.
A última reunião de negociação ocorreu em 2021, e as conversas estão paralisadas desde então. O Brasil planeja uma nova rodada ainda neste ano, durante sua presidência rotativa.
A secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, destaca oportunidades em segurança alimentar, acesso a mercados e investimentos sustentáveis. O Canadá, que já fornece adubo e é visto como um parceiro estratégico, pode ser vantajoso para o Brasil no mercado de energia limpa.
O governo estima um efeito positivo de R$ 4,14 bilhões no PIB até 2041, além de aumentos nas exportações e importações. Contudo, espera-se que as negociações se prolonguem por mais de um ano.
Além do Canadá, o Brasil busca estreitar laços com o México, que enfrenta tarifas dos EUA, e concluir acordos com os Emirados Árabes Unidos e com a União Europeia para diversificação comercial.
As negociações com os Emirados, já em estágio avançado, visam facilitar o fluxo de investimentos e serviços, enquanto o acordo Mercosul-Efta, com países europeus de alto poder aquisitivo, deve ser assinado em setembro.
A integração das cadeias produtivas é vista como um ganho essencial, refletindo a necessidade urgente da diversificação comercial em face do tarifazo de Trump.