“Brasil não é problema para os EUA”, diz Alckmin sobre tarifas
Alckmin defende que Brasil não será afetado pelas novas tarifas dos EUA e destaca a integração comercial entre os países. O vice-presidente pede diálogo para garantir que o Brasil mantenha seus benefícios tarifários.
Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, afirmou que o país não deve ser alvo das novas tarifas dos Estados Unidos.
Alckmin destacou que os EUA têm superávit comercial com o Brasil e, portanto, “o Brasil não é problema para os Estados Unidos”. Sua declaração ocorreu após visita à nova fábrica da Fresenius Medical Care em Jaguariúna (SP).
Ele ressaltou que a cadeia produtiva entre os dois países é integrada e que a taxação pode danificar as empresas americanas, como na relação entre carvão siderúrgico e aço.
O vice-presidente também apontou que o Brasil já oferece benefícios tarifários a produtos norte-americanos, com 8 dos 10 principais itens exportados pelos EUA ao Brasil isentos de impostos de importação.
Alckmin revelou que o governo brasileiro espera ser excluído da nova tributação, tendo discutido a posição com Howard Lutnick e o embaixador Grier.
No dia 26 de março, Trump anunciou um decreto que aplica tarifas de 25% a todos os carros importados, com previsão de arrecadar mais de US$ 100 bilhões ao governo americano.
Trump afirmou que as tarifas visam “cobrar dos países” que prejudicam os EUA, resultando em perdas de empregos e riqueza para os americanos.
O decreto também amplia tarifas que já eram planejadas sobre carros do México e Canadá, com taxas variando de 2,5% a 25%. Não ficou claro se as tarifas se aplicam apenas a veículos ou também a peças automotivas.