Brasil não vai ser reagir “intempestivamente” contra EUA, diz CNI
Brasil se mantém cauteloso diante do tarifaço dos Estados Unidos e busca negociação antes da implementação das novas taxas. Alckmin afirma que o governo está empenhado em resolver a situação rapidamente para minimizar os impactos na indústria nacional.
Presidente da CNI, Ricardo Alban, afirma que Brasil não reagirá "intempestivamente" ao tarifaço dos EUA.
Nesta 3ª feira (15.jul.2025), Alban participou de reunião sob coordenação do vice-presidente Geraldo Alckmin para discutir a sobretaxa de 50% imposta pelos EUA sobre exportações brasileiras.
Alban enfatizou que o Brasil não tomará medidas de retaliação precipitadas. "Nós entendemos que o Brasil não se precipitará", afirmou. O presidente da Fiesp, Josué Gomes, demonstrou confiança na capacidade negociadora do governo.
O aumento das tarifas não tem motivação econômica, segundo Alban, que defende encontrar diálogo com os EUA. Ele mencionou que o governo está disposto a negociar prazos, mas deseja resolver antes de agosto, quando as tarifas começam a valer.
Alckmin reiterou o foco do governo em reverter o tarifaço até agosto e mencionou a possibilidade de prorrogar o prazo se necessário. A reunião foi considerada “proveitosa”.
Alckmin pediu aos empresários que se aproximem dos "parceiros" norte-americanos para fortalecer as negociações. Ele também abordou a importância de separar os poderes e a necessidade de diálogo constante.
A nova política tarifária dos EUA visa proteger a produção interna em setores estratégicos, enquanto o Brasil considera a medida inadequada e estuda retaliações pela Lei de Reciprocidade Econômica.