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Brasil pode compensar tarifas de Trump vendendo para China?

A nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros para os EUA pode gerar impactos limitados na economia, mas setores específicos como aviação e autopeças estão em alerta. Brasil busca alternativas de exportação, mas desafios são evidentes devido à diferença nas demandas dos principais parceiros comerciais.

Tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA foi anunciada por Donald Trump, em carta a Luiz Inácio Lula da Silva.

Medida afeta mais de 20 países e começa a valer em 1º de agosto caso não haja acordo.

Análises indicam que, apesar da alíquota alta, o impacto no PIB brasileiro será pequeno, com menos de 2% das exportações brasileiras indo para os EUA.

Setores como aviões, autopeças e suco de laranja podem ser mais afetados. Possibilidade de redirecionar exportações para a China é limitada devido à diferença na pauta de produtos.

Grande parte das exportações para a China é concentrada em produtos básicos, como soja e minério de ferro. Esses itens já enfrentam excesso de oferta no mercado global, o que poderia forçar o Brasil a vender a preços mais baixos.

Lula declarou que tentará negociar com Trump, mas que pode aplicar tarifas semelhantes aos produtos americanos em caso de retaliação.

O setor de suco de laranja expressou preocupação, afirmando que a tarifa cria condições insustentáveis, afetando colheitas e fluxo das fábricas.

Produtos industrializados têm mais dificuldade em encontrar novos mercados. Exemplos incluem autopeças e equipamentos agrícolas, que são específicos e certificados.

Analistas consideram a tarifa uma sanção econômica, motivada por fatores políticos, e não econômicos, especialmente após acusações de Trump sobre a situação de Bolsonaro no Brasil.

Lula reafirma a soberania do Brasil e a independência de suas instituições, respondendo às acusações de Trump.

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