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Brasil pode compensar tarifas de Trump vendendo para China?

Tarifa de 50% imposta por Trump pode impactar produtos brasileiros, mas efeito geral na economia é considerado pequeno. Especialistas alertam que setores específicos, como aeronáutico e suco de laranja, podem enfrentar dificuldades em redirecionar suas exportações.

Tarifa de 50% nos produtos brasileiros foi anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A nova alíquota, a mais alta entre as tarifas propostas, entra em vigor em 1º de agosto, se não houver acordo.

Especialistas afirmam que o impacto econômico no Brasil deve ser pequeno, pois as exportações para os EUA representam menos de 2% do PIB brasileiro.

O economista Paul Krugman e o consultor Felipe Camargo indicam que haverá uma perda de apenas 0,1% no PIB até 2026, embora setores como aviões, autopeças e suco de laranja possam ser mais afetados.

A China e os Estados Unidos possuem pautas de exportação diferentes, o que limita a capacidade do Brasil de redirecionar suas exportações para o gigante asiático. Produtos como soja, petróleo e minério de ferro estão entre os principais enviados para a China.

O impacto das tarifas nos produtos industrializados deve ser maior, dificultando a reposição em outros mercados, como no caso de autopeças.

A Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos alertou sobre as dificuldades do setor, que depende dos EUA para 41,7% de suas exportações.

Lula afirmou que tentará negociar com Trump, mas poderá igualar a tarifa em 50% para produtos americanos se não houver acordo.

Trump vê essa tarifa como parte de uma estratégia política, buscando um superávit que, com o Brasil, já é positivo para os EUA.

A relação diplomática se complicou, e Lula reafirmou a soberania do Brasil, defendendo a independência das instituições.

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