HOME FEEDBACK

Brasil pode incluir Bitcoin em suas reservas internacionais, como ouro e dólar

Audiência pública visa discutir a proposta de criação da Reserva Estratégica Soberana de Bitcoins no Brasil. A iniciativa busca diversificar as reservas do Tesouro Nacional e proteger contra flutuações econômicas.

A audiência pública na Câmara dos Deputados ocorrerá amanhã (20) para debater a proposta de criar reservas soberanas com Bitcoin no Brasil.

A Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDE) ouvirá especialistas do setor de criptoativos e do sistema financeiro para analisar a viabilidade da proposta do deputado Eros Biondini (PL-MG), que visa criar a Reserva Estratégica Soberana de Bitcoins (RESBit).

A gestão da RESBit será de responsabilidade do Banco Central (BC) e do Ministério da Fazenda, limitada a 5% das reservas do Brasil, permitindo uma “aquisição planejada e gradual”.

Biondini defende que a RESBit diversificará os ativos do Tesouro Nacional e protegerá as reservas internacionais das flutuações cambiais. As reservas brasileiras, segundo o último relatório do BC, totalizam cerca de US$ 330 bilhões.

A proposta de incluir Bitcoin poderia superar a alocação em moedas como libra esterlina e iene, além de ouro.

A formação de reservas soberanas de Bitcoin é esperada por investidores para impulsionar o preço do criptoativo acima de US$ 200 mil, embora a realidade esteja frustrando expectativas.

Recentemente, declarações do secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, confirmaram que as reservas dos EUA serão apenas de Bitcoins apreendidos, sem compras diretas no mercado.

Paises menores, como El Salvador e Butão, têm iniciativas semelhantes, possuindo quantidades significativas de Bitcoin em suas reservas.

A volatilidade do mercado de criptoativos é um argumento contra a formação de reservas em Bitcoin. Christine Lagarde, do BCE, declarou que Bitcoin não fará parte das reservas da União Europeia.

O projeto de lei ainda passará por outras comissões na Câmara, como Ciencia, Tecnologia e Inovação e Finanças e Tributação, antes de possíveis votações, sem prazos definidos.

Leia mais em valorinveste