Brasil pode ser afetado com tarifa extra de EUA a Brics
A ameaça de novas tarifas de Donald Trump afeta diretamente o Brasil e seus países-membros do Brics. Especialistas avaliam que a incerteza nas relações comerciais pode complicar ainda mais as negociações entre os países.
Brasil sob ameaça de tarifas adicionais dos EUA
O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma tarifa adicional de 10% para países que se “alinhem às políticas antiamericanas do Brics”. Essa declaração coincide com a cúpula do Brics no Rio de Janeiro.
O grupo Brics inclui: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Indonésia.
Trump destacou que "não haverá exceções" à tarifa. Analistas, como Todd Martinez da Fitch Ratings, observam que essa ameaça pode afetar o Brasil, que historicamente não se alinhou ideologicamente com a administração Trump.
Após ser taxado em 10% em abril, o Brasil passou por um período de pausa tarifária que termina em 9 de julho. Lula mencionou que o Brasil também tem o direito de taxar os EUA, afirmando: “Se Trump pode taxar, nós podemos taxar também”.
Rumores indicam que a nova tarifa de 10% pode não ser imposta imediatamente. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Trump monitorou a cúpula do Brics, considerando-a uma ameaça aos interesses dos EUA.
Os líderes do Brics não discutiram tarifas na cúpula. A declaração do bloco criticou medidas unilaterais tarifárias que distorcem o comércio e mencionou a Organização Mundial do Comércio (OMC), que precisa de reformas.
Trump adiou a implementação das tarifas recíprocas de 9 de julho para 1° de agosto. O Brasil busca um trabalho técnico bilateral com os EUA, enfatizando a importância de manter parcerias fora do bloco Brics.