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Brasil quer entrar na produção de aço verde da Alemanha

Brasil busca incluir-se na produção de aço com hidrogênio verde, visando exportar produtos de maior valor agregado. O governo argumenta que essa estratégia pode reduzir custos para siderúrgicas alemãs e estimular a cadeia de valor local.

Ministério do Desenvolvimento do Brasil, liderado por Geraldo Alckmin, busca incluir o Brasil na produção de aço com hidrogênio verde, visando desenvolver sua cadeia de valor.

O hidrogênio verde é uma alternativa a combustíveis fósseis em indústrias energéticas, como a de aço. Contudo, sua produção é limitada e cara, com a maioria dos projetos brasileiros focando na exportação para a Europa.

O governo brasileiro propõe que siderúrgicas alemãs importem Hot Briquetted Iron (HBI) a partir do Brasil, melhorando a cadeia de produção e reduzindo as emissões de carbono.

Atualmente, o HBI pode ser produzido de forma mais limpa, utilizando hidrogênio em vez de gás natural ou carvão. Brasil e Suécia se destacam como exportadores potenciais devido à produção de energia renovável.

Um estudo apresentado em um evento em Berlim indica que siderúrgicas alemãs podem economizar entre 8,7% e 31,5% ao realocar a produção para o Brasil.

Francisco Paiva Avelino, do MDIC, argumenta que a produção de aço no Brasil pode reduzir custos para montadoras como BMW e Mercedes. Ele ressalta que a Alemanha precisa importar energia renovável para sua indústria.

Contudo, essa migração pode gerar descontentamento entre trabalhadores alemães, já afetados pela transição energética. O novo primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, tem cautelas sobre a transição para o hidrogênio verde, preferindo alternativas como a captura de carbono.

O autor do estudo, Philipp Verpoort, destaca a conexão entre Brasil e Alemanha para otimizar suas forças. No entanto, há preocupações de que a colaboração pode levar a uma concorrência desleal, gerando reações políticas na Alemanha.

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