Brasil rebaixado, boicote da China e aumento das tarifas de Trump marcam o dia
Mercados enfrentam incertezas com novas tarifas dos EUA e reavaliação da Moody’s sobre a economia brasileira. Gripe aviária também agrava situação ao afetar exportações avícolas para a China.
Esta semana será marcada por divulgações importantes nos EUA, incluindo dados de emprego do payroll e o “Livro Bege”. No entanto, a segunda-feira (2) deve ser impactada pela decisão de Donald Trump de aumentar tarifas sobre aço e alumínio, que foi anunciada após o fechamento da bolsa na sexta-feira (30).
No Brasil: a Moody's alterou a perspectiva do país de “positiva” para “estável”, mantendo a nota de crédito soberano em 'Ba1'. Essa mudança é atribuída à deterioração na capacidade de pagamento da dívida e lentidão na melhoria da política fiscal.
O cenário permanece cauteloso, especialmente em meio às discussões sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que incomoda o mercado.
Gripe aviária também é um fator complicador, já que a China proibiu importações de produtos avícolas brasileiros, interrompendo um comércio avaliado em mais de US$ 1 bilhão. Isso afetará as ações de frigoríficos brasileiros, apesar de seu baixo peso no Ibovespa.
- JBS: 2,11% de peso
- BRF: 0,78% de peso
- Marfrig: 0,28% de peso
Nos EUA: as tarifas de Trump sobre aço e alumínio serão aumentadas de 25% para 50%, a partir de quarta-feira (4). Isso provocou uma alta nas ações de empresas de aço no pré-mercado, mas os futuros do S&P 500 e do Dow Jones caíam 0,66% e 0,58%, respectivamente.
A expectativa é de volatilidade significativa no mercado nesta segunda-feira.