Brasil se destaca entre emergentes, mas fiscal exige atenção, diz CEO do Barclays na América Latina
Raul Martinez-Ostos, CEO do Barclays para a América Latina, destaca o Brasil como um exemplo de resiliência econômica, apesar dos desafios fiscais. Ele enfatiza a importância de melhorar a consolidação fiscal para atrair investimentos e fortalecer o crescimento sustentável na região.
Raul Martinez-Ostos, CEO do Barclays para a América Latina, destaca que os países da região, especialmente o Brasil, estão bem posicionados para atrair novos investimentos.
Em entrevista à EXAME durante o Barclays Day in Brazil, ele elogia o desempenho econômico brasileiro e a capacidade do país de separar política de negócios, o que contribui para a resiliência e crescimento.
Apesar de um otimismo geral, Martinez-Ostos alerta para a necessidade de consolidação fiscal, chamando a atenção para a posição fiscal do Brasil, descrita como o "elefante na sala". Ele enfatiza o papel do Banco Central no controle da inflação e a importância da disciplina fiscal.
As projeções indicam que a economia brasileira pode crescer acima de 2% em 2025. Ele ressalta também que há riscos macroeconômicos, principalmente em relação à relação dívida/PIB.
No que diz respeito ao futuro do Barclays no Brasil, Martinez-Ostos quer implementar transações inovadoras, não apenas ser mais um banco no mercado.
- Foco em setores como infraestrutura, energia e sustentabilidade.
- Intenção de se associar à COP30 e promover soluções de crescimento para o Brasil.
- Parcerias com fundos de investimento e apoio ao setor financeiro local são prioridades.
Sobre o impacto das políticas dos EUA, ele observa que há uma cautela crescente em relação a esses ativos, o que beneficia mercados emergentes como o Brasil.
Por fim, Martinez-Ostos destaca que a distância entre objetivos de governo e setor privado deve diminuir para fomentar o crescimento econômico sustentável na América Latina.