Brasil sobe cinco posições em ranking de IDH e supera patamar pré-Covid pela primeira vez
Brasil avança no ranking de desenvolvimento humano da ONU, mas ainda enfrenta desafios educacionais. O aumento na expectativa de vida e no PIB per capita destaca o progresso, enquanto a estagnação nos indicadores educacionais requer atenção.
Brasil avança no ranking de desenvolvimento humano da ONU
Entre 2022 e 2023, o Brasil subiu cinco posições, passando da 89ª para a 84ª posição no ranking de desenvolvimento humano (IDH) da ONU. O índice saltou de 0,760 para 0,786, considerado alto.
Apesar do avanço, o Brasil ainda está atrás de países como Peru, Colômbia, Uruguai, Argentina e Chile, e foi ultrapassado pelo Azerbaijão.
Fatores que contribuíram para a alta:
- A expectativa de vida aumentou de 73,4 anos em 2022 para 75,8 anos em 2023.
- O PIB per capita cresceu para US$ 18.011, comparado a US$ 14.616 no ano anterior.
Setor educacional estagnado: A média de anos de ensino formal foi de apenas 8,4 anos, com um aumento insignificante em relação a 8,3 anos no ano anterior.
Em comparação com 1990, o Brasil teve uma alta de 22,6% no índice, que era de 0,641. A expectativa de vida ao nascer aumentou em 9,99 anos desde então.
Ranking Global: O país mais desenvolvido em 2023 foi a Islândia (IDH de 0,972). O Sudão do Sul ficou na última posição (IDH de 0,388).
A ONU alerta que o crescimento global do IDH atingiu seu nível mais baixo desde 1990. Se essa tendência continuar, o avanço para um IDH "muito elevado" pode ser adiado por décadas.
Achim Steiner, do PNUD, enfatiza que a desaceleração do progresso global é uma ameaça real.
Desigualdade: A disparidade entre países de IDH baixo e muito alto aumentou pelo quarto ano consecutivo.
A ONU destaca o impacto da inteligência artificial e a importância de políticas públicas adequadas para maximizar seu potencial. O Brasil se destaca na digitalização da frota de caminhoneiros autônomos, melhorando a logística do setor com inovações tecnológicas.