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Brasil tem o 2º iPhone mais caro do mundo — e não é só por causa dos impostos

Levantamento do Deutsche Bank revela que o Brasil possui o segundo iPhone mais caro do mundo, atrás apenas da Turquia. A pesquisa destaca os altos impostos e a desvalorização do real como principais fatores que elevam os preços dos smartphones no país.

Brasil é o segundo país com o iPhone mais caro do mundo, de acordo com levantamento do Deutsche Bank. O estudo analisou o preço do iPhone 16 Pro de 128 GB, que custa cerca de 1.800 euros no Brasil, apenas atrás da Turquia, onde o preço chega a 2.200 euros.

Os cinco países mais caros para comprar um iPhone são:

  • 1. Turquia: 2.200 euros
  • 2. Brasil: 1.800 euros
  • 3. Egito: 1.500 euros
  • 4. Suécia: 1.400 euros
  • 5. Índia: 1.400 euros

Por outro lado, a Coreia do Sul tem o iPhone mais barato do mundo, abaixo de 1.100 euros, devido à força da Samsung e à competição no mercado. Estados Unidos, Austrália, China e Japão também têm preços semelhantes nesta faixa.

Há uma diferença de quase 700 euros (cerca de R$ 4.460) entre o iPhone mais barato e o modelo brasileiro. Essa alta nos preços é atribuída a:

  • Carga tributária elevada no Brasil, descrita como uma “colcha de retalhos” por João Rego, professor da FGV.
  • Componentes importados que encarecem o produto, mesmo com montagem local em Jundiaí.
  • Desvalorização do real em relação ao euro e dólar, impactando os preços de produtos importados.
  • Política de preços da Apple, que não ajusta valores para baixo, mesmo com a queda do dólar.

Outros fatores incluem custos logísticos, markup dos importadores, e custos de publicidade, todos adicionando ao preço final.

A solução para tornar o iPhone mais acessível depende de mudanças nas regras tributárias brasileiras, e uma alternativa proposta seria a criação de isenções fiscais, considerando a importância do smartphone para trabalho e educação.

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