Brasil tem recorde de transplantes, mas 78.000 ainda esperam na fila
Brasil alcança marca histórica de 30.300 transplantes, mas enfrenta fila de espera de 78.000 pessoas. Novas iniciativas visam aumentar a doação e melhorar a distribuição de órgãos entre as regiões.
Brasil alcança 30.300 transplantes em 2024, superando pela 1ª vez a marca de 30.000 em um único ano, segundo o Ministério da Saúde.
Fila de espera ainda é alta, com 78.000 pessoas aguardando. A maioria dos transplantes (85%) foi realizada pelo SUS, com um investimento de R$ 1,47 bilhão, aumento de 28% em relação a 2022.
Tecido mais transplantado foi a córnea (17.107 procedimentos), seguido por rim (6.320), medula óssea (3.743) e fígado (2.454). A maior fila é para o transplante de rim, com 42.838 pacientes.
A recusa familiar é um dos principais obstáculos, com taxas de 42% a 45%. Para melhorar essa situação, o governo lançou o Prodot (Programa de Qualidade em Doação para Transplante).
Novas inclusões no SUS: transplantes de membrana amniótica e intestino delgado, com tratamento 100% coberto para pacientes com falência intestinal irreversível.
A tecnologia de prova cruzada virtual será ampliada, usada atualmente em alguns estados, para avaliar a compatibilidade à distância.
O Ministério da Saúde também reconfigurou as macrorregiões de transplantes, priorizando a alocação de órgãos na mesma região, visando melhorar acesso, especialmente no Norte e Nordeste.