Brasil vai ingressar contra Israel em ação por genocídio na Corte de Haia
Brasil decide apoiar ação na Corte Internacional de Justiça contra Israel por genocídio na Faixa de Gaza. A medida, solicitada pela África do Sul, acirra tensões diplomáticas e provoca reações internas.
Brasil se junta a ação contra Israel na Corte Internacional de Justiça
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, anunciou que o governo Luiz Inácio Lula da Silva decidiu ingressar como parte de uma ação que acusa Israel de genocídio durante a guerra na Faixa de Gaza. O processo foi iniciado pela África do Sul.
A declaração foi feita em uma entrevista à Al Jazeera durante a Cúpula do Brics e veiculada no dia 13 de agosto. O chanceler afirmou que o Brasil “está trabalhando” para formalizar o suporte à ação, previamente apoiada apenas de forma verbal.
A África do Sul alegou que o governo e militares israelenses cometem genocídio intencional. O apoio do Brasil se deu a pedido da Autoridade Nacional Palestina e gerou críticas internas, além de reações negativas da comunidade judaica e de Tel Aviv. A decisão deve aumentar a crise diplomática entre o Brasil e Israel.
O governo brasileiro já tomou outras ações, como reduzir ao mínimo as relações políticas, comerciais e de defesa com Israel. Apesar das pressões, Lula resiste a romper totalmente laços, buscando preservar os interesses dos cidadãos brasileiros e relações comerciais.
A partir de 2024, Lula foi considerado por Tel Aviv como persona non grata devido a suas declarações comparando as ações israelenses ao Holocausto. Além disso, o Brasil não aprovou a troca do embaixador israelense e barrou compras de blindados israelenses para suas Forças Armadas.
A Corte Internacional de Justiça já emitiu ordens para que Israel evite práticas que possam ser consideradas genocídio e preste assistência humanitária aos palestinos, mas o governo israelense é acusado de desrespeitar tais determinações.
O Brasil deve se somar a outros países que apoiam a ação, como Colômbia, Líbia, México, entre outros.