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Brasil vive ditadura de toga = Houve golpe contra Dilma Rousseff

Narrativas distorcidas sobre golpes e ditaduras se tornaram estratégias para manter a militância engajada em tempos de adversidade. Tais histórias funcionam como mecanismos de consolo e apoio para bolsonaristas e petistas diante das crises políticas enfrentadas por ambos os lados.

Versões de história úteis são muitas vezes criadas para manter a militância mobilizada e confortar simpatizantes durante crises.

No Brasil, dois exemplos notáveis estão em disputa:

  • No petismo, a crença de que a ex-presidente Dilma Rousseff sofreu um golpe de Estado serve para mascarar o fracasso de sua gestão.
  • O bolsonarismo, por outro lado, clama por uma “ditadura de toga” ao criticar o Judiciário, enquanto ignora que Jair Bolsonaro foi hostil à democracia.

A verdade é que Bolsonaro enfrenta acusações de tentativa de golpe, sustentadas por uma ação das Forças Armadas que impediu a concretização.

Na esfera das narrativas políticas, Bolsonaro e Alexandre de Moraes se tornaram figuras polares, criando uma lenda onde cada um é visto como herói ou vilão, dependendo do ponto de vista.

Recentemente, Lula reafirmou que houve um golpe em 2016, ignorando as razões que levaram a votação por sua saída. Enquanto isso, apoiadores dos Bolsonaros desejam convencer todos de que o Brasil vive em um regime autoritário, contradizendo as grandes manifestações que ocorreram com segurança.

No final das contas, pode ser mais produtivo buscar felicidade do que insistir na razão e na verdade.

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