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Brasileira é deportada de Portugal e separada dos filhos: ‘Emocional destruído’

Mulher é deportada após ser barrada em Lisboa por falta de documentação, apesar de processo de residência em andamento. Defesa questiona a decisão e busca reverter a situação para reunificação familiar.

Brasileira deportada de Portugal após ser barrada no Aeroporto Internacional de Lisboa na última terça-feira (19). Ela voltava ao país com a família após viagem ao Recife (PE).

A mulher, residente em Cascais, foi separada do marido e filhos pequenos, de 8 e 6 anos, e mantida sob custódia da Polícia de Segurança Pública (PSP). Após 30 horas de espera, foi enviada de volta ao Brasil no dia seguinte.

Segundo a PSP, a deportação ocorreu por falta de documentação legal e por já ter ultrapassado os 180 dias de estadia permitidos. A defesa contesta, alegando que o processo de autorização de residência estava em andamento.

O marido da brasileira, Hugo Silvestre, possui visto de residência, mas teve o reagrupamento familiar negado por conta de atrasos da Agência para Integração, Migrações e Asilo (Aima).

Silvestre relatou que foi barrado ao tentar regularizar a situação familiar e criticou erros do sistema. A família recorreu à Justiça, que determinou um convite válido para regularização. Contudo, a Aima respondeu tardiamente.

A deportação coincide com o endurecimento das regras de imigração em Portugal. A nova Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras (Unef) iniciou atividades, mas o caso não envolveu a nova polícia.

Durante a deportação, a brasileira não teve acesso ao marido advogado durante a detenção. A família tentar reverter a deportação através de recursos administrativos e judiciais.

Silvestre afirmou que a esposa está “emocionalmente destruída” e busca apoio psicológico, sem saber quando poderá reencontrar os filhos.

Informações do Estadão Conteúdo

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