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Brasileira trans é detida em cela masculina por tentar entrar nos EUA

Cabeleireira brasileira é presa ao tentar entrar nos EUA e denuncia péssimas condições em prisão. Após ser mantida em Guantánamo ao lado de detentos masculinos, ela teme por sua segurança e relata assédio.

Tarlis Marcone de Barros Gonçalves, cabeleireira de 28 anos, foi presa ao tentar cruzar a fronteira do México com os EUA em 15 de fevereiro. Ela se declarou mulher transgênero e foi detida na ala masculina da prisão de Guantánamo, em Cuba.

Segundo Tarlis, ela pagou R$ 70 mil a coiotes para entrar nos EUA, visando pedir asilo devido a ameaças de morte no Brasil. Após a prisão, foi levada ao Centro de Processamento do Condado de Otero, no Novo México, onde ficou até o fim de fevereiro, dividindo o local com cerca de 50 homens.

Tarlis se recusou a assinar uma ordem de deportação por medo de sua segurança no Brasil. A prisão em Guantánamo foi uma surpresa; o local é associado a casos de terrorismo

Em Guantánamo, ela estava em um quarto com 3 beliches, compartilhando o banheiro com 5 detentos. Tarlis reportou assédio e falta de privacidade, afirmando: “Os agentes não me tratavam como um ser humano”. Funcionários chegaram a dizer que “o governo americano não reconhecia a existência de pessoas trans”.

Em março, foi transferida para Miami e, em seguida, para Pine Prairie, Louisiana, numa cela isolada, onde a comida era escassa. Após solicitar mudança de cela, foi colocada em solitária por 17 dias.

No início de abril, Tarlis foi deportada para o Brasil.

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