Brasileiros comem carcaça de frango e espinha de porco para driblar os altos preços dos alimentos
A inflação tem afetado drasticamente a alimentação das famílias em São Paulo, levando muitos a adaptarem seus hábitos. Enquanto por um lado os itens essenciais mudam, a popularidade do governo enfrenta desafios devido a essas dificuldades econômicas.
Impactos da Inflação nos Alimentos em São Paulo
A inflação alterou os hábitos de consumo em São Paulo, afetando a popularidade do presidente Lula.
Ionara de Jesus, de 43 anos, mãe de três filhos, busca estratégias para driblar os preços em supermercados na periferia. A inflação dos alimentos foi de 7,69% em 2022.
O governo, ciente da situação, retirou impostos de produtos básicos. O economista André Braz atribui a alta nos preços a fatores como a pandemia e questões climáticas.
Ionara, que recebe R$ 1,5 mil mensais, complementa a alimentação com doações. Alimentos como café e ovos se tornaram "artigos de luxo". Ela substitui o café por chá e o feijão tradicional por feijão fradinho, economizando custos.
- Carne vermelha deixou de ser consumida.
- Ionara usa carcaça de frango e suã de porco como alternativa proteica.
Outra família, a de Luiz Benedito, também enfrenta mudanças. Seu consumo de carne bovina diminuiu, optando pelo frango devido ao menor custo.
As compras por atacado se tornaram populares, ajudando a garantir produtos de higiene e limpeza a preços mais baixos.
A gestora de marketing Marcella Dragone destaca como substitui alimentos caros por produtos mais acessíveis, mantendo o foco em opções saudáveis.
Os dados revelam que a cesta básica em São Paulo custava cerca de R$ 851, enquanto o salário mínimo é de R$ 1.302.
Os sinais de desigualdade se intensificam, com a qualidade dos alimentos variando entre classes sociais, impactando diretamente na saúde das crianças.
Desafios continuam, e as famílias buscam alternativas para lidar com a inflação crescente.