Braskem (BRKM5): por que a ação da petroquímica sobe mais de 5% após balanço?
Braskem revela resultados trimestrais positivos, com aumento no Ebitda e lucro líquido superando expectativas. No entanto, fluxo de caixa negativo e alavancagem em alta geram preocupação entre analistas.
Braskem (BRKM5) divulgou resultados alinhados às expectativas da XP no último sábado (10), com ações subindo 5,76% a R$ 10,82.
O EBITDA recorrente foi de R$ 1,3 bilhões, 1% acima das previsões, e 16% maior que o ano passado, impulsionado por maiores spreads de resinas e produtos químicos.
No entanto, a empresa queimou caixa devido ao capital de giro negativo e alto capex, aumentando a alavancagem de 7,42 para 7,92 vezes Dívida Líquida/EBITDA.
O lucro líquido foi de R$ 632 milhões, superando um prejuízo previsto de R$ 82 milhões. O JPMorgan destacou recuperação em todos os segmentos, mas notou desempenho decepcionante no México e moderado no Brasil.
O fluxo de caixa livre foi negativo em R$ 3,2 bilhões, com recomendações neutras e preço-alvo de R$ 17,50 do JPMorgan. Já o Bradesco BBI rebaixou a recomendação de compra para neutra, reduzindo o preço-alvo de US$ 8,50 para US$ 4 por ADR, preocupando-se com a recuperação dos ciclos de polietileno (PE) e polipropileno (PP).
A OPIS prevê que a capacidade de PE e PP cresça quase o dobro da demanda, impactando negativamente a Braskem. As novas projeções do BBI indicam que o EBITDA de US$ 2,5 bilhões só ocorrerá em 2030 ou mais.
O EBITDA do 1T25 foi US$ 212 milhões, abaixo do consenso de US$ 250 milhões, com fluxo de caixa livre negativo em US$ 511 milhões, e a empresa deve queimar cerca de US$ 750 milhões em caixa este ano.