Braskem estuda expansão no México após resolver gargalo logístico
Braskem investe US$ 450 milhões na inauguração de terminal de importação de etano no México, visando expandir sua capacidade de produção de polietileno. Com a nova estrutura, a empresa busca reduzir a dependência da Pemex e atender melhor o mercado local, além de explorar novas oportunidades logísticas.
Braskem celebra expansão no México
A petroquímica Braskem anunciou sua "libertação" logística e planos de expansão no México após anos operando abaixo da capacidade devido a problemas de suprimento de matéria-prima.
Hoje, 7 de novembro, a empresa inaugura um terminal de importação de etano na cidade de Coatzocoalcos, vital para sua fábrica de polietileno, em parceria com a Idesa, controlada por Carlos Slim.
Este é o primeiro grande investimento desde a inauguração de uma fábrica nos EUA em 2017, totalizando US$ 450 milhões (R$ 2,5 bilhões). A nova infraestrutura reduz a dependência da estatal Pemex, que não cumpriu contratos desde 2018, limitando a produção ao operar a pouco mais da metade da capacidade.
A presidente da Braskem Idesa, Isabel Figueiredo, destacou que o terminal representará "libertação logística" e permitirá à empresa operar em capacidade total a partir de agosto.
Além do terminal, Braskem investiu US$ 200 milhões na construção de dois navios para transporte de etano, visando aumentar a confiabilidade no suprimento de matérias-primas. A Braskem Idesa é responsável por 15% da produção da Braskem, focando no mercado mexicano.
O México atualmente importa 80% do consumo de polietileno e procura reduzir essas importações, seguindo plano do governo Claudia Sheinbaum.
Isabel acredita que a empresa não será negativamente impactada pela guerra comercial dos EUA e vê o México como beneficiado pela sua localização e acordos comerciais com cerca de 50 países.