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Braskem estuda importar gás dos EUA para reduzir custos no Brasil

Braskem busca reduzir custos e aumentar competitividade ao substituir nafta por gás natural em suas operações no Brasil. Empresa avalia importações dos EUA caso não encontre suprimento nacional, enquanto expande suas operações no México.

A Braskem busca expandir o uso de gás natural no Brasil, substituindo a nafta, uma matéria-prima padrão da indústria petroquímica. Essa iniciativa visa reduzir custos em um dos piores ciclos da história do setor.

O presidente da companhia, Roberto Ramos, afirmou que a empresa prioriza o gás natural brasileiro, mas considera importações dos Estados Unidos se necessário. Essa declaração foi feita durante a inauguração de um terminal no México para importar etano, insuficiente em sua fábrica local.

Essa nova infraestrutura permitirá que a fábrica, inaugurada em 2016, opere em capacidade total. Ramos mencionou: "Esse projeto é a liberdade, nos dá independência."

As operações no Brasil enfrentam desafios, pois utilizam nafta, o que prejudica a competitividade. Com a superoferta de produtos devido ao aumento da produção nos EUA e na China, a petroquímica é afetada por margens de lucro baixas.

Ramos também destacou o risco de uma invasão de produtos americanos e chineses no mercado brasileiro, porém as tarifas de importação já estabelecidas devem ser mantidas. O próximo passo será a substituição da nafta pelo gás natural.

No início de fevereiro, a Braskem iniciou negociações com a Petrobras para aumentar o fornecimento de etano a partir do gás do pré-sal no Rio de Janeiro. Isso ajudará na substituição de eteno produzido a partir da nafta.

Os desafios futuros incluem a busca de gás natural para outras operações. Ramos destacou a necessidade de aumentar a proporção de gás em suas fábricas na Bahia e no Rio Grande do Sul.

Caso o gás brasileiro não esteja disponível, a Braskem considera opções de importação de gás natural liquefeito ou etano líquido. A empresa adquiriu dois navios para transporte de etano, parte de uma frota maior para apoiar a operação no México.

O plano de troca de matérias-primas foi iniciado em dezembro e visa ter 30% de gás nas operações brasileiras.

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