Braskem tem preço-alvo cortado pelo BofA, que vê potencial em medidas do governo
O Bank of America revisa suas projeções para as ações da Braskem, reduzindo o preço-alvo e mantendo recomendação neutra. A companhia pode se beneficiar de iniciativas regulatórias, mas enfrenta desafios devido à fragilidade fiscal e possíveis limitações nas medidas propostas.
Bank of America (BofA) revisou o modelo para a Braskem (BRKM5), reduzindo o preço-alvo das ações de R$ 14 para R$ 12.
A revisão considera:
- Dados operacionais do 1º trimestre de 2025;
- Revisão na taxa de câmbio projetada para R$ 5,50 por dólar;
- Atualização das estimativas para os spreads de produtos petroquímicos.
Mesmo com a redução, as ações da Braskem apresentaram alta leve, subindo 0,33% a R$ 9,17.
A avaliação do BofA permanece neutra, indicando que os spreads devem continuar baixos nos próximos anos.
Potenciais benefícios para a Braskem:
- Medidas antidumping sobre polietileno (PE) importado dos EUA e Canadá.
- Medida Provisória 892, com incentivos tributários para a indústria química.
A investigação antidumping pode aumentar volumes e preços no mercado doméstico, potencialmente gerando um acréscimo anual de até US$ 250 milhões no Ebitda.
A MP 892 pode adicionar US$ 450 milhões ao Ebitda em 2026 e US$ 350 milhões com o novo programa Presiq.
Os analistas do BofA consideram que a medida antidumping tem maior chance de aprovação, enquanto a MP 892 enfrenta desafios no Congresso.
Importante: A aprovação da antidumping pode ter efeitos limitados, pois importadores podem trocar fornecedores.