Brava abocanha US$ 260 milhões e anuncia acordo em dia de resultado do 2T25
Brava Energia garante US$ 260 milhões em antecipação de recebíveis e projeta aumento na liquidez. Apesar das boas notícias sobre reorganização financeira, ações da companhia sofrem queda no mercado.
Brava Energia (BRAV3) anunciou um acordo financeiro significativo com a Yinson, resultando em um ingresso imediato de US$ 260 milhões e cerca de US$ 40 milhões em créditos fiscais.
A operação envolve contas a receber no valor nominal de US$ 410 milhões, gerando uma perda contábil de US$ 150 milhões, mas com benefícios fiscais próximos.
Apesar do anúncio, as ações da Brava caíram 1,48%, a R$ 19,98.
A XP Investimentos avaliou o efeito líquido como positivo, melhorando a liquidez e alavancagem da companhia, que estava em 3,4 vezes a relação entre dívida líquida e Ebitda.
A dívida originou-se do projeto do navio-plataforma Bravo, financiado pela Enauta, e o acordo devolve o controle ao modelo padrão do setor.
A Brava também emitiu US$ 500 milhões em debêntures a 8,7% ao ano para quitar dívidas anteriores.
No 2T25, o Bradesco BBI prevê um Ebitda de R$ 1,35 bilhão, com uma expectativa de redução da alavancagem ao longo do tempo.
A Genial Investimentos considera este trimestre crucial para o início da geração de caixa, com investimentos projetados de US$ 450 milhões em 2025.
A XP prevê uma receita líquida de R$ 3,1 bilhões e lucro líquido de R$ 1,139 bilhão.
As ações BRAV3 subiram 13,45% em julho, enquanto outras empresas do setor recuaram.
O Bradesco acredita que a Brava se destacará no setor de petróleo e gás na próxima temporada de resultados, com a previsão de aceleração na desalavancagem.
A XP concorda, observando que a combinação de aumento de produção, reforço de caixa e reorganização de passivos proporciona uma melhora na percepção dos investidores.