BRB confirma redução de negócio com Master a R$ 24 bi e diz que conglomerado terá R$ 100 bi em ativos
BRB reduz valor da aquisição do Banco Master e exclui R$ 51,2 bilhões em ativos e passivos da operação. A aprovação final depende de análises do Banco Central e adequações na estrutura do Banco Master.
BRB confirma redução na operação de compra do Banco Master
O Banco de Brasília (BRB) anunciou nesta sexta-feira a redução do valor da operação de compra do Banco Master para R$ 24 bilhões. Essa transação formará um conglomerado prudencial com cerca de R$ 100 bilhões em ativos.
Os atuais proprietários do Master não terão "poderes políticos nem participarão da gestão" do novo controle, aliviando preocupações do mercado e do Banco Central.
A operação visa a aquisição de 58,04% do capital social do Banco Master, incluindo 49,0% de ações ordinárias e 100% de ações preferenciais. O pagamento será de 75% do patrimônio líquido, após ajustes de baixa.
A exclusão de aproximadamente R$ 51,2 bilhões em ativos e passivos foi resultado de diligências do BRB. O valor inicial era de R$ 25 bilhões.
Entre os ativos excluídos, destacam-se:
- Precatórios: R$ 9,43 bilhões
- Operações de crédito sem garantias: R$ 7,59 bilhões
- Ações e fundos: R$ 19,48 bilhões
- Certificados de recebíveis imobiliários: R$ 2,47 bilhões
- Outros créditos: R$ 12,28 bilhões
Do lado do passivo, foram excluídos cerca de R$ 33 bilhões de Certificados de Depósitos Bancários (CDBs).
Auditoria identificou ajustes de R$ 601,9 milhões no patrimônio líquido. A aquisição deve adicionar cerca de R$ 1,5 bilhão ao resultado do BRB, prevendo lucros líquidos de R$ 1,254 bilhão em 2023 e ultrapassando R$ 2,7 bilhões em 2029.
Para conclusão da operação, são necessárias a aprovação do Banco Central e a reorganização societária do Banco Master.
Contexto: A operação gerou polêmica devido à estratégia de captação do Master, que utilizava CDBs em condições acima da média. Ativos ilíquidos podem complicar a situação, caso o banco enfrente dificuldades financeiras.