BRF e Marfrig: na iminência da fusão, ações sobem após balanço; no que ficar de olho?
BRF e Marfrig divulgam resultados trimestrais com desempenho oposto; enquanto Marfrig apresenta lucro em alta, BRF registra queda significativa. Expectativa em torno de fusão e aprovação do CADE continua a influenciar o mercado e as estratégias das empresas.
Frigoríficos BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) divulgam resultados trimestrais nesta quinta-feira (14).
BRFS3 sobe 3,87%, a R$ 19,60, e MRFG3 tem valorização de 2,84%, a R$ 22,09.
A Marfrig registra lucro líquido de R$ 85 milhões no 2º trimestre, crescimento de 13%. Por outro lado, a BRF apresenta queda de 33% no lucro líquido, totalizando R$ 735 milhões.
Goldman Sachs considera os resultados positivos, apesar do impacto da gripe aviária. A Marfrig se beneficia do fluxo de caixa da BRF, utilizando recursos para recompra de ações e aumento de participação na BRF.
A próxima votação antitruste sobre a MBRF está agendada para 20 de agosto e pode reduzir incertezas para investidores.
- Recomendação do Goldman Sachs: compra de Marfrig (preço-alvo de R$ 26,50), neutra para BRF.
- Monte Bravo: resultados estão em linha com expectativas, mas relação de troca é considerada pouco atraente para acionistas da BRF.
- XP: resultados da BRF superam expectativas, mantendo margens elevadas apesar das restrições de exportação.
- BBA: resultados da BRF estão alinhados com estimativas; foco futuro será na alocação de capital da nova companhia.
- Itaú BBA: perspectivas de MBRF dominam discussões, afastando atenção do processo de aprovação do negócio.
Marfrig apresenta lucro acima das expectativas, com receita líquida de R$ 22,509 bilhões, superando projeções. A operação sul-americana se destaca na estratégia de priorização de produtos processados.
O cenário futuro para a nova companhia MBRF gera otimismo, mas também desafios, com foco na rentabilidade e alocação de capital.