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Brics diz que medidas ambientais são usadas para restringir comércio

Brics alerta para o aumento do protecionismo e suas consequências negativas para o comércio global. O bloco critica ações restritivas e reafirma a necessidade de um sistema comercial multilateral justo e inclusivo.

Declaração final do Brics, publicada em 6 de julho de 2025, destaca que o sistema multilateral de comércio está em uma encruzilhada.

O documento aponta a proliferação de ações restritivas ao comércio e o aumento indiscriminado de tarifas, além de criticarem o protecionismo disfarçado de objetivos ambientais que ameaça o comércio global.

Essa menção à questão climática é um recado para a União Europeia, que condiciona acordos comerciais ao cumprimento de regras ambientais, especialmente no caso do Mercosul.

O acordo Mercosul-União Europeia, concluído em dezembro de 2024, aguarda ratificação, mas a França questiona o cumprimento ambiental do Brasil.

A partir de 2026, uma nova lei antidesmatamento da UE proíbe a importação de produtos de áreas desmatadas após dezembro de 2020, embora sua implementação tenha sido adiada.

O Brics enfatiza que medidas contra a mudança climática não devem resultar em discriminação arbitrária ou restrições ao comércio internacional.

A declaração critica o aumento de tarifas sem mencionar os EUA, que iniciaram uma guerra tarifária em abril de 2023, aplicando 10% sobre produtos brasileiros.

O grupo defende um sistema de comércio multilateral baseado em regras da OMC, e apoia as candidaturas da Etiópia e Irã à OMC.

O tom do comunicado é consistente com declarações anteriores dos ministros de finanças do Brics, evitando menções diretas aos EUA.

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