Brics é resposta à crise geopolítica global, diz ministro Márcio Macêdo
Ministro destaca a importância do Brics como uma plataforma para o diálogo e a inclusão da sociedade civil. Reunião precede a Cúpula de Líderes, que ocorrerá nos dias 6 e 7 de outubro.
Márcio Macêdo, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, destacou o Brics como a decisão geopolítica mais inovadora e importante da atualidade. Sua declaração foi feita durante a reunião do Conselho Popular do Brics, no Rio, que continua no sábado (5).
O ministro mencionou que os membros do Brics promovem um equilíbrio geopolítico, permitindo aos países da periferia global um espaço nos debates mundiais. Ele expressou orgulho pelo Brasil ser um dos fundadores e por presidir o bloco este ano.
Macêdo classificou o momento atual como delicado, devido ao avanço da extrema direita e conflitos globais. Ele enfatizou a importância do Brics como meio de diálogo para enfrentar essas ameaças à soberania dos Estados.
O ministro também se referiu aos ataques de Israel a Gaza como genocídio e criticou a atuação da ONU.
Macêdo defendeu que o Brics deve ir além das discussões econômicas, promovendo a integração dos povos. Ele elogiou a inclusão da sociedade civil nas decisões do grupo, destacando que a participação popular aumenta a chance de acertos.
O Conselho Popular debate temas-chave em preparação para a Cúpula de Líderes do Brics, marcada para 6 e 7 de outubro. Em 2025, sob a presidência brasileira, serão criados sete grupos de trabalho focados em saúde, educação, ecologia, cultura, finanças, segurança e institucionalidade.
O Brics é um grupo de 11 membros permanentes que une países emergentes focados na cooperação do Sul Global, composto atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia.