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Brics no Brasil reafirma balela que chamam de Sul Global

A reunião do Brics no Brasil evidencia as divisões internas do bloco e a fragilidade da noção de 'Sul Global'. As ausências de líderes chave como Xi Jinping e Vladimir Putin reforçam a falta de coesão e relevância do grupo na atual geopolítica.

Diplomacia Brasileira: Rótulos e Realidade

A diplomacia do Brasil tem variações de rótulos, como Terceiro Mundo, bloco de emergentes e, atualmente, Sul Global.

Essas designações, embora convenientes, apresentam imprecisões que servem a uma visão decolonial contestável.

A recente reunião do Brics no Brasil evidencia a fragilidade da ideia de um bloco coeso, contrastando com a união da União Europeia.

A exemplo de Lula, que faltou à reunião com Putin em 2024, a ausência muitas vezes fala mais que a presença.

As origens do Brics, criado como um rótulo econômico em 2001 por Jim O'Neil, não devem ser romantizadas, embora a ideia de um fórum alternativo ao G20 tenha atraído interesse político.

A entrada de Xi Jinping em 2012 fortaleceu o bloco, mas a China diminuiu seu apoio, ciente da sua falta de utilidade prática.

O Brics tornou-se um instrumento de polarização no Brasil, sendo adotado pela esquerda como prova do valor de Lula, ainda que seus excessos comprometam a diplomacia.

No evento no Rio, as ausências de líderes como Xi e Putin se destacaram, evidenciando a falta de unidade no que se autodenomina Sul Global.

Apesar das tensões, a discórdia e a agenda imposta pelos países mais fortes continuam a moldar as dinâmicas internacionais.

Assim, a cacofonia de silêncios no Rio se torna um sinal de que Lula não aproveitou a oportunidade para redefinir a política externa, preferindo conflitos editoriais.

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