Brics omite EUA e Israel ao dizer que condena ataques ao Irã

A cúpula do Brics expressa preocupação com a escalada de tensões no Oriente Médio, mas enfrenta resistência de países aliados aos EUA. A declaração final destaca a condenação a ataques ao Irã, sem mencionar diretamente Washington ou Israel.

Declaração final do Brics condena ataques ao Irã, mas não menciona Estados Unidos e Israel.

O documento destaca que o Irã passou a integrar o bloco em 2023 e condena a escalada de segurança no Oriente Médio, especialmente em relação à questão nuclear. Critica ainda os ataques a infraestruturas civis e nucleares.

Embora a declaração cite Israel sete vezes, isso ocorre apenas em contextos de conflitos na Faixa de Gaza, Síria e Líbano. A postura do Irã pedia um posicionamento mais firme, que encontrou resistência de países próximos aos EUA.

Em 24 de junho, o Brics já tinha condenado ataques a instalações nucleares.
O Irã suspendeu cooperação com a AIEA após os bombardeios em 21 de junho.
A cúpula, realizada em 6 e 7 de julho, no Rio, teve ausências importantes, diminuindo sua repercussão.

Ainda, o presidente Donald Trump ameaçou com tarifas comerciais caso o dólar fosse abandonado nas transações do bloco.