Brics quer regras para uso de satélites em órbita baixa
O Brics visa a regulamentação de atividades em baixa órbita terrestre para garantir uso equitativo entre seus membros. A crescente utilização dessa faixa orbital levanta preocupações sobre segurança, lixo espacial e direitos de acesso, temas centrais nas discussões do grupo.
O Brics busca coordenar agências espaciais para regulamentar atividades em baixa órbita terrestre (LEO).
Ronaldo Moura, assessor internacional da Anatel, destaca a necessidade de uma “ocupação justa” nesta região do espaço, localizada entre 160 a 2.000 km da Terra, onde operam satélites essenciais.
Com a rápida ocupação por novos satélites, surgem desafios como:
- Risco de colisões entre satélites
- Aumento do lixo espacial
- Acesso equitativo para todos os países
No momento, não há um regime regulatório internacional que governe o uso de LEO. A coordenação entre agências do Brics busca propor orientações para discussões globais sobre este desafio.
Moura ressalta que o Brasil é um protagonista no debate sobre sustentabilidade espacial e gestão de recursos, enfatizando que “não podemos gastar todos os recursos”.
Uma declaração do grupo de trabalho será elaborada até 20 de maio, alinhando as propostas dos países membros.
O Brasil preside o Brics de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2025, com foco em reforma da governança global e cooperação entre países do Sul Global.
A cúpula de chefes de Estado ocorrerá em julho de 2025 no Rio de Janeiro, decisão oficializada pela ministério das Relações Exteriores, Mauro Vieira.