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Brics vai condenar ataques contra o Irã, mas sem provocar Trump ou Israel

Brics expressa preocupação com os ataques ao Irã e reafirma apoio à solução de dois Estados para o Oriente Médio. Documento final destaca a violação do direito internacional, mas evita responsabilizar diretamente Estados Unidos e Israel.

Brics condena ataques ao Irã, mas não menciona Israel ou EUA em declaração final.

O bloco Brics expressou sua condenação aos ataques militares contra a República Islâmica do Irã, ocorridos desde 13 de junho de 2025, considerando-os uma violação do direito internacional. A declaração será divulgada neste domingo (6).

Após negociações intensas, o documento evita termos mais duros como "deploramos", defendidos pelos iranianos, mas enfatiza a violação de resoluções relevantes da AIEA e os ataques à infraestrutura civil no Irã.

O Brics optou por uma abordagem mais equilibrada, evitando ser visto como anti-Ocidente, influenciado por países como Índia, Emirados Árabes Unidos e Etiópia, que têm relações com Israel. O Brasil também participou das discussões para moderar o texto.

A declaração ressalta o apoio às iniciativas diplomáticas na região e convoca o Conselho de Segurança da ONU a atuar na questão.

As negociações evidenciaram os desafios em ampliar o número de membros do Brics, mostrando tanto a potencialidade do bloco como a complexidade em alcançar consensos.

O Irã, que rejeita a existência de Israel, se opôs a incluir referências à solução de dois Estados. No entanto, o documento reafirma o apoio à adesão da Palestina às Nações Unidas e mantém a tradição de apoiar a solução de dois Estados, endossada por todos os outros membros.

O texto final inclui sete menções a Israel, além de condenar ações contra Líbano e Síria.

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