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Brics vai estudar soluções para facilitar pagamentos entre países

Brics usa presidência brasileira para inventariar sistemas de pagamentos e buscar integrar transações financeiras. O foco é reduzir a dependência do dólar e facilitar o comércio entre os países membros.

Brics, sob presidência brasileira, inicia levantamento de sistemas de pagamentos já em uso pelos membros para facilitar operações financeiras internacionais.

A ideia é criar um inventário de transações financeiras, permitindo novos estudos e um projeto de longo prazo.

A maioria dos integrantes prefere usar seus próprios sistemas, buscando integração com outros países, em vez de criar uma nova moeda ou sistema alternativo, evitando compromissos na declaração da cúpula em julho no Rio de Janeiro.

Membros do Brics: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, UAE, Etiópia, Indonésia e Irã. Arábia Saudita participa como convidada desde 2023.

O embaixador Maurício Lyrio reforçou que não haverá criação de uma moeda comum, focando em reduzir custos e ampliar cooperação, utilizando moedas locais.

A discussão sobre moeda comum foi retirada da agenda devido a divergências internas e à pressão do ex-presidente dos EUA, Donald Trump.

Trump ameaçou tarifas aos membros se o bloco desenvolvesse uma moeda própria, mas o impacto das ameaças foi considerado limitado, segundo a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu pagamentos em moedas locais para reduzir vulnerabilidades. Estuda-se a redução da dependência do dólar no comércio internacional, buscando alternativas históricas pela vulnerabilidade que a hegemonia da moeda americana traz.

A integração de sistemas de pagamentos internacionais é uma prioridade da trilha financeira do Brics, liderada pelo Banco Central em parceria com o Ministério da Fazenda.

O Pix é um exemplo de infraestrutura do Brasil com potencial de integração, embora haja desafios de governança.

O Brasil também desenvolve o Drex (real digital), com testes em andamento, porém com impasses relacionados à privacidade.

Iniciativas de integração estão sob estudo pelo BIS, mas o projeto mBridge foi descontinuado, sem justificativas políticas divulgadas.

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