Brics voltam a defender Brasil no Conselho de Segurança da ONU
Cúpula do Brics reafirma apoio de Rússia e China à reforma do Conselho de Segurança da ONU. Documento denuncia ataques ao Irã, mas evita menções diretas a Estados Unidos e Israel.
A Cúpula do Brics de 2025, realizada no Rio, reafirmou o apoio de Rússia e China à entrada do Brasil e Índia no Conselho de Segurança da ONU.
A declaração cita o apoio contínuo dos dois países desde 2022, após uma mudança em 2024 que enfraqueceu esse respaldo.
O texto destaca que ambos os países buscam uma representatividade maior nas Nações Unidas e o apoio a uma reforma do sistema atual, visando torná-lo mais democrático e eficaz.
No entanto, apesar do suporte verbal, não há indicações de que Brasil e Índia estejam mais próximos de integrar o conselho.
A declaração final também condenou os ataques ao Irã, sem citar os Estados Unidos e Israel, preservando a posição da Rússia sobre a Ucrânia.
As menções a Israel foram feitas em contextos relacionados a várias regiões de conflito, como a Faixa de Gaza.
Apesar de alguns países opostos à China, como Índia e Emirados Árabes Unidos, tentarem moderar a declaração, o grupo do Brics expressou preocupação com a escalada de segurança no Oriente Médio.
Além disso, a cúpula enfrentou um esvaziamento, com a ausência de quatro chefes de Estado, o que pode afetar sua repercussão.
O presidente Donald Trump já havia ameaçado o Brics com tarifas comerciais caso o dólar fosse abandonado nas transações entre os países do bloco.