Brincadeira (às vezes de mau gosto), memecoins começam a ser levadas a sério
A popularidade das memecoins, impulsionada por figuras políticas, levanta preocupações sobre a volatilidade do mercado cripto. Especialistas alertam que a especulação em torno desses ativos pode impactar negativamente a credibilidade de soluções mais sólidas na tecnologia blockchain.
Memecoins começaram como uma diversão entre entusiastas de criptomoedas, mas agora movimentam bilhões de dólares.
Característica: Criadas a partir de piadas e cultura pop, essas moedas não possuem fundamentos e seu uso real é inexistente.
Exemplos: Em janeiro, Donald Trump lançou a memecoin Official Trump (TRUMP), que debutou com um valor de mercado de US$ 6 bilhões. A First Lady Melania Trump seguiu com a Official Melania Meme (MELANIA), que alcançou US$ 13,00 no primeiro dia.
No entanto, em 1º de maio, o valor da TRUMP despencou para US$ 13,00 (80% de queda) e a MELANIA para US$ 0,41 (96% de queda).
O presidente argentino Javier Milei lançou a LIBRA, que rapidamente subiu 85% antes de perder 45%, chegando a apenas US$ 0,02 no final de abril.
O mercado de memecoins ultrapassa US$ 40 bilhões, com Dogecoin (DOGE) liderando com US$ 27 bilhões, seguida pela Shiba Inu (SHIB) com US$ 8 bilhões e TRUMP com US$ 2 bilhões.
A volatilidade das memecoins é maior que a de altcoins consolidadas e, apenas em 2023, o setor perdeu mais de 50% de sua capitalização devido a fatores económicos.
A criação de ETFs de Dogecoin está sendo considerada, com expectativa de que a SEC adote uma postura mais favorável às memecoins sob nova liderança.
A SEC classificou as memecoins como não sendo valores mobiliários, destacando sua natureza especulativa e falta de valor intrínseco.
Conclusão: A possível aprovação de ETFs de memecoins pode fortalecer a imagem do setor como especulativo, o que levanta preocupações sobre a credibilidade de criptoativos inovadores.