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Bukele defende detenção de 1,5% da população de El Salvador

Bukele afirma que a prisão massiva de 1,5% da população é uma medida eficaz para reduzir a violência em El Salvador. O presidente destaca que a política resultou em uma drástica diminuição dos crimes, apesar das críticas de organizações de direitos humanos.

Presidente de El Salvador, Nayib Bukele, defende prisão de 1,5% da população em troca da redução da violência das gangues. Mais de 100 mil salvadorenhos estão atualmente encarcerados, tornando El Salvador o país com a maior taxa de encarceramento do mundo.

A medida é parte da "guerra" contra as pandilhas iniciada em março de 2022. Bukele publicou em sua rede social X que, apesar das prisões, lograram reduzir o crime em 98%.

Cerca de 108 mil pessoas estão presas, representando 1,7% da população, segundo a Human Rights Watch. O diretor da ONG Cristosal estima que o número varia entre 110 mil e 120 mil.

A principal ação de Bukele foi o decreto de um regime de exceção, permitindo prisões sem mandado judicial. Desde então, aproximadamente 87 mil pessoas foram presas, sendo que 8 mil foram liberadas por serem inocentes.

Grupos de direitos humanos denunciam que muitos inocentes continuam encarcerados e relatam torturas e mortes nas prisões. Bukele afirma que as gangues mataram cerca de 200 mil pessoas nas últimas três décadas e que sua política de segurança diminuiu a taxa de homicídios de 106 por 100 mil habitantes em 2015 para 1,9 em 2024.

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AFP