‘Bunker busters’: As superbombas de 13 toneladas dos EUA usadas pela primeira vez no ataque ao Irã
Ataque dos EUA contra o Irã destaca o uso de armamentos de precisão, incluindo a poderosa bomba GBU-57 MOP, projetada para destruir alvos subterrâneos altamente protegidos. A operação marca uma nova fase no uso de tecnologias militares avançadas em conflitos futuros.
ATAQUE DOS EUA AO IRÃ
Os Estados Unidos realizaram um ataque ontem contra instalações militares e nucleares no Irã, utilizando armamentos de alta precisão.
Foram empregados 30 mísseis de cruzeiro Tomahawk e cinco a seis bombas anti-bunker, projetadas para destruir alvos subterrâneos.
O principal alvo foi o complexo nuclear de Fordo, a 90 km de Teerã. Essa instalação, revelada em 2009, é uma das mais protegidas do mundo.
O QUE SÃO BOMBAS ANTI-BUNKER?
- Bombas que penetram profundamente no solo antes de explodir.
- Usadas para destruir bunkers e centros de comando subterrâneos.
- A GBU-57 MOP é a mais poderosa, pesando cerca de 13,6 toneladas.
A força aérea americana afirma que a GBU-57 foi projetada para destruir armas de destruição em massa em locais fortemente protegidos.
Capaz de penetrar até 61 metros de concreto ou rocha, a bomba pode ser lançada repetidamente para ampliar sua profundidade de impacto.
HISTÓRICO DE DESENVOLVIMENTO
As bunker busters foram desenvolvidas no início dos anos 1990, em resposta à necessidade de atingir bunkers de Saddam Hussein.
A primeira versão, a GBU-28, foi criada em 1991 e usada com sucesso para destruir centros de comando.
Seguindo a evolução tecnológica, a GBU-57 foi desenvolvida a partir de 2000, com uso oficial por volta de 2011.
COMO SÃO DISPARADAS
A MOP só pode ser lançada por bombardeiros furtivos B-2, que transportam duas bombas e têm autonomia de até 11 mil km.
Esses aviões voaram da base de Whiteman, no Missouri, diretamente ao Irã.
Israel possui bombas de menor capacidade, mas a GBU-57 é exclusiva dos Estados Unidos.