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BYD é processada por trabalho escravo e tráfico de pessoas na Bahia

MPT-BA alega que trabalhadores chineses foram submetidos a jornadas exaustivas e condições degradantes durante a construção de fábrica em Camaçari. A ação busca reparação financeira e cumprimento da legislação trabalhista brasileira.

MPT-BA processa a montadora chinesa BYD e duas empreiteiras por submeter 220 trabalhadores chineses a condições análogas à escravidão e tráfico de pessoas.

A ação, protocolada em 27 de maio de 2025, pede indenização de R$ 257 milhões por danos morais coletivos. Os operários foram resgatados em dezembro de 2024 durante a construção da fábrica em Camaçari, BA.

Os trabalhadores enfrentavam:

  • Jornadas exaustivas sem folgas;
  • Alojamentos precários, sem higiene;
  • Retenção de passaportes;
  • Vigilância armada;
  • Retenção de até 70% dos salários;
  • Multas para rescisões de contrato.

O resgate ocorreu após uma denúncia anônima e envolveu órgãos como MPF, DPU, MTE, PRF e PF.

Inicialmente, 163 trabalhadores da empresa JinJiang foram localizados, seguidos por 57 da Tonghe (atual Tecmonta). As investigações revelaram:

  • Condições degradantes, como 31 pessoas compartilham um único banheiro;
  • Acesso a camas sem colchões;
  • Todos entraram de forma irregular no Brasil.

A ação do MPT-BA requer:

  • Indenização coletiva;
  • Compensação individual de 21 vezes o salário mensal;
  • Pagamento das verbas rescisórias;
  • Cumprimento da legislação trabalhista.

O processo está na Justiça do Trabalho. A BYD afirma ter compromisso com os direitos humanos e está colaborando com as investigações, tendo rompido contrato com a JinJiang e transferido trabalhadores para hotéis.

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