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BYD vai inaugurar fábrica na Bahia sem definir produção local de componentes

BYD inicia operações em nova fábrica na Bahia, mas veículos ainda virão em grande parte da China. Críticas surgem sobre a estratégia de importação e a falta de comprometimento com a produção nacional.

A BYD inaugurou sua fábrica de carros híbridos e elétricos em Camaçari (BA) nesta terça (1º).

Inicialmente, os veículos chegarão quase prontos da China, no regime SKD (semidesmontado). A montadora não movimentará fornecedores locais, ao contrário da GWM, que busca nacionalizar sua produção.

Cláudio Sahad, presidente do Sindipeças, criticou a estratégia da BYD, afirmando que gerar apenas alguns empregos no Brasil não é suficiente. Enquanto a GWM avança nas parcerias locais, a BYD intensifica as importações.

A empresa solicitou ao governo uma redução do Imposto de Importação sobre as produções SKD e CKD. O imposto atual é de 20% para híbridos e 18% para elétricos, e a BYD propôs reduzir essas alíquotas para 10% e 5%, respectivamente.

As associações do setor veem a solicitação com desconfiança. Igor Calvet, presidente da Anfavea, acredita que a redução não é favorável à produção nacional.

A BYD, que detém 4,26% do mercado nacional, emplacando 39,6 mil carros entre janeiro e maio, enfrenta críticas devido a investigações por suspeitas de trabalho escravo na construção da fábrica. A empresa afirma ter compromisso com os direitos trabalhistas.

A unidade de Camaçari é uma aquisição da antiga fábrica da Ford. Em 2024, as montadoras se reunirão com o governo para discutir a recomposição do Imposto de Importação, que terá uma alíquota de 35% em 2026.

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