HOME FEEDBACK

CADE dá 60 dias para CSN mostrar “plano de venda” de Usiminas. Agora vai?

CADE dá 60 dias para CSN vender ações da Usiminas, reiterando preocupação com concorrência. Decisão encerra longos embates judiciais e pode impactar disputas entre CSN e Ternium.

CADE deu prazo de 60 dias para a CSN apresentar plano de venda das ações na Usiminas, reforçando decisão de 11 anos atrás que considera a participação prejudicial à concorrência no setor siderúrgico.

A decisão encerra uma longa disputa judicial entre a autarquia e a empresa de Benjamin Steinbruch.

Em 2014, o CADE havia ordenado a CSN a se desfazer de sua participação até 2019, limitando-a a 5%. Contudo, a CSN prorrogou esse prazo e permanece com cerca de 13% do capital da Usiminas.

No dia 20, o Tribunal Regional Federal da 6ª Região decidiu que o CADE deveria finalizar o assunto e fixou um depósito judicial de R$ 23 milhões pelo descumprimento da sentença anterior.

A disputa começou no início da década passada, quando a CSN buscava uma compra hostil, chegando a ter 16% das ações. Entretanto, a Ternium adquiriu participações da Votorantim e Camargo Corrêa, dividindo o controle com a Nippon Steel.

Após tentativas frustradas de pleitear o direito de tag along, a situação na Usiminas se estabilizou. Em 2023, a Ternium se tornou acionista controladora ao adquirir uma fatia significativa da Nippon Steel.

Esse movimento reacendeu a disputa da CSN com a Ternium, resultando em multas de R$ 5 bilhões e o pagamento de R$ 500 milhões aos advogados da CSN após uma reviravolta no STJ.

Uma fonte afirmou que a decisão do CADE validou a ilegalidade da aquisição de ações pela CSN, destacando que o prazo de 60 dias foi brando.

A decisão também impacta uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal, que contesta a insegurança jurídica gerada ao permitir que um acionista minoritário obrigue uma OPA, contrariando normas regulatórias.

Leia mais em braziljournal