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Cafés na Espanha passam a cobrar pelo tempo que cliente fica na mesa

Cafés em Madri e Barcelona instauram taxas por tempo de permanência, refletindo a pressão do turismo nas cidades. Proprietários justificam a prática como uma solução para equilibrar a oferta e a demanda em estabelecimentos cada vez mais lotados.

Restrição de tempo em cafeterias em Madri e Barcelona está mudando o hábito dos clientes. Estabelecimentos limitam o tempo de uso das mesas e dobram o preço do café conforme o tempo de permanência.

Um exemplo é o Caffè Perfetto em Barcelona, onde um café custa 1,30 euros, mas se o cliente exceder 30 minutos, o preço sobe para 2,50 euros e para 4 euros se permanecer mais de uma hora. A regra se tornou viral nas redes sociais, gerando reações diversas entre os internautas.

O proprietário, Massimo, defende a decisão, alegando que é necessário conscientizar os clientes sobre o consumo para garantir lucro. Para Maria Moreno Albiol, autora do post, isso reflete a gentrificação e turistificação de Barcelona, tornando os locais menos acessíveis aos moradores.

A Espanha recebeu quase 94 milhões de turistas em 2022, tornando-se o segundo destino mais popular do mundo. Essa massificação do turismo afeta o comportamento dos estabelecimentos, segundo Jorge R. Fernández, proprietário de um restaurante em Barcelona.

Em Madri, a situação ainda é menos severa, mas algumas cafeterias já limitam o tempo para uso das mesas. Uma cafeteria em Lavapiés, por exemplo, permite uso de laptops por duas horas em dias de semana.

A Organização de Consumidores e Usuários da Catalunha (OCU) afirma que essa prática é legal, desde que informada de forma visível antes da ocupação.

Por fim, a analista de sistemas Thais Cardoso acredita que essa será uma tendência crescente, embora expresse sua desaprovação à limitação de tempo. Apesar das críticas, a implementação desse modelo já é observada globalmente, como no café Ziferblat em Moscou, que cobra pelo tempo de permanência.

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