Caiado: 'atitudes provocativas de Lula não representam povo brasileiro'
Caiado critica postura do governo federal e destaca lançamento de programa de crédito para empresas afetadas pela tarifa americana. O fundo, que prevê até R$ 628 milhões, visa mitigar os impactos da nova taxa sobre exportações goianas.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou nesta terça-feira o governo federal em relação à tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que começa a valer amanhã.
Segundo Caiado, as atitudes provocativas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prejudicam as negociações com os EUA e confrontar a maior potência global é uma "balela". Ele afirmou: "Queremos pacificar, construir algo para ampliar nosso mercado, não restringir."
Nesta terça-feira, o governo de Goiás lançou o Fundo Creditório do Estado de Goiás, que prevê até R$ 628 milhões em apoio a empresas exportadoras goianas impactadas pela tarifa americana. Goiás está entre os estados mais afetados.
O programa priorizará setores como linhas de transmissão de energia elétrica, data centers, biogás e biometano. Dos R$ 628 milhões, R$ 314 milhões virão de créditos de ICMS e o restante de instituições financeiras. A taxa de juros média será de 10% ao ano.
A criação do fundo faz parte de um pacote de medidas preventivas anunciado em julho por Caiado, visando mitigar os efeitos econômicos da nova tarifa americana. Isso inclui o Fundo de Equalização para o Empreendedor (Fundeq) e o Fundo de Estabilização Econômica de Goiás, que já possui R$ 4 bilhões para enfrentar choques econômicos.
O novo programa permitirá a utilização de créditos de ICMS depositados em contas vinculadas à Secretaria da Fazenda, que só poderiam ser sacados a partir de 2032. Isso visa permitir que esses créditos sejam comercializados por empresas exportadoras agora.
Empresas exportadoras com créditos e que tomarem o empréstimo terão taxas de juros mais baixas. As que apenas tomarem crédito, sem ICMS, terão condições favoráveis, mas com juros inferiores aos do mercado.