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Cálculos, negociações e encomendas paralisadas: como foi o 1º dia do tarifaço de Trump para as empresas

Setores brasileiros, incluindo têxteis, calçados e móveis, enfrentam prejuízos significativos e demissões devido ao novo tarifaço de 50% imposto por Trump. Representantes buscam negociar com os EUA e esperam ações do governo para minimizar os impactos da medida.

Tarifaço de Trump afetou setores brasileiros

Com a entrada em vigor do tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, diversos setores analisam os prejuízos.

As empresas estão em busca de negociações com parceiros americanos enquanto reportam paralisação de pedidos.

Para o setor têxtil, o prejuízo estimado é de R$ 500 milhões ao ano, podendo levar ao fechamento de até 6 mil vagas diretas e 15 mil indiretas.

Fernando Pimentel, presidente da Abit, destaca que a moda praia, que exporta 40% a 50% de sua produção para os EUA, está sendo reprogramada devido ao tarifaço.

A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) aponta que 80% das empresas exportadoras sentem os efeitos da nova tarifa, com atrasos e paralisação de negociações.

Estima-se que cerca de 8 mil empregos diretos podem ser perdidos no setor calçadista, gerando um impacto potencial de 20 mil empregos considerando a cadeia produtiva.

No setor moveleiro, as perdas são graves. A Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel) prevê até 10 mil demissões, com os EUA sendo o principal destino das exportações.

Irineu Munhoz, presidente da Abimóvel, ressalta que a concorrência com a China se torna ainda mais difícil devido ao aumento da tarifa.

Empresas como a Móveis Serraltense notam uma queda drástica nos embarques, passando de 80% da produção no ano anterior para apenas 30%. Pedidos de empresas no Paraná também foram cancelados.

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