Calor no Mundial de Clubes: 'Fifa deveria marcar final da Copa do Mundo às 9h da manhã'
Especialista sugere que a Fifa reavalie os horários dos jogos da Copa do Mundo de 2026 para evitar riscos à saúde em meio ao calor extremo. Preocupações sobre as condições climáticas e seus impactos nas competições aumentam após o Mundial de Clubes nos Estados Unidos.
Professor Mike Tipton, da Universidade de Portsmouth, sugere que a Fifa deve considerar programar a final da Copa do Mundo 2026 para as nove horas da manhã, em resposta ao clima extremo observado no Mundial de Clubes nos EUA.
As altas temperaturas verificados durante o torneio destacam a ameaça durante a competição em 2026, que ocorrerá nos EUA, México e Canadá. Recentemente, uma onda de calor atingiu o leste da América do Norte, com temperaturas em Nova York chegando a 39 °C.
O MetLife Stadium, que sediará a final, é aberto e sem sombra, podendo agravar as condições climáticas. Fontes indicam que as partidas no leste podem começar ao meio-dia ou às 15h, 18h e 21h, priorizando o público europeu.
Tipton recomenda iniciar os jogos mais cedo para a saúde e desempenho dos atletas. Ele observa que os riscos à saúde também afetam espectadores e autoridades. A Fifpro, sindicato global de jogadores, pede intervalos maiores e mais flexíveis para garantir a segurança dos atletas.
Atualmente, pausas de hidratação são exigidas apenas acima de 32ºC. A Fifpro propõe que essa regra comece a valer a partir dos 28ºC e sugere a suspensão de partidas quando a temperatura ultrapassar 32ºC.
Pesquisadores alertam que a maioria dos estádios da Copa 2026 pode experimentar temperaturas elevadas, especialmente em Miami e Monterrey, que não possuem ar-condicionado. Análises indicam que partidas no período da tarde nessas cidades têm risco térmico alto.
A Fifa reconhece a seriedade do clima e afirma que já tomou medidas durante o Mundial de Clubes, como pausas para hidratação. Discute a possibilidade de ajustes nos horários e locais dos jogos para proteger a saúde dos jogadores e torcedores.
Em junho de 2023, uma onda de calor extremo persistiu, o que levanta preocupações sobre o que esperar na Copa do Mundo do ano que vem, já que as mudanças climáticas podem intensificar extremos de calor e tempestades.
A Fifa tem criticado suas interações com combustíveis fósseis e se comprometeu a reduzir as emissões de carbono. Contudo, as críticas sobre a escolha de sedes e a programação dos jogos devem aumentar à medida que se aproxima a competição.